Agartha: a cidade subterrânea do esoterismo e seus mistérios ocultos
- Leonardo Born

- 14 de nov.
- 4 min de leitura

Agartha, também chamada de Agarttha ou Agarta, é um dos mitos mais intrigantes do esoterismo mundial. Segundo antigas tradições ocultas, este reino subterrâneo estaria localizado no interior da Terra, conectado por túneis secretos e habitado por uma civilização espiritual e tecnologicamente superior.
Mesmo sem provas científicas, o mito de Agartha atravessa séculos e culturas, ganhando novas interpretações entre místicos, teóricos da conspiração e estudiosos da chamada Teoria da Terra Oca. Mas afinal — o que há por trás dessa cidade perdida e por que ela ainda fascina o imaginário coletivo?
O que é Agartha e por que fascina o esoterismo moderno
A história de Agartha remonta a escritos do século XIX. O ocultista francês Alexandre Saint-Yves d’Alveydre, em sua obra Mission de l’Inde en Europe (1886), descreveu uma civilização subterrânea iluminada, guiada por mestres espirituais conhecidos como os “Superiores Desconhecidos”.
Para Saint-Yves, Agartha era o coração espiritual do planeta — um centro de sabedoria e equilíbrio entre ciência e fé, oculto sob o Himalaia.
Décadas depois, o explorador Ferdynand Ossendowski, em Homens, Bestas e Deuses (1922), afirmou ter ouvido mongóis falarem de uma cidade subterrânea chamada “Agharti”, governada por um “Rei do Mundo”. Esses relatos fortaleceram o mito no Ocidente e o conectaram à tradição budista de Shambhala, o paraíso oculto dos mestres ascensionados.
Mini-pergunta: Por que o mito de Agartha continua vivo mesmo após séculos? Porque ele fala de algo profundamente humano — o desejo de que exista um mundo puro e justo escondido sob o caos visível.
Lendas, portais e civilizações da Terra Interior

A ligação entre Agartha e a Teoria da Terra Oca é inevitável. Desde o século XVII, cientistas como Edmond Halley especulavam que a Terra poderia ter vastos espaços internos. Com o avanço do ocultismo e do espiritismo no século XIX, essas hipóteses ganharam contornos místicos.
De acordo com diversas tradições esotéricas, entradas para Agartha estariam localizadas nos polos Norte e Sul, no Deserto de Gobi, na Antártica, e até em Montanhas dos Andes. Essas passagens formariam uma rede de túneis intercontinentais, por onde civilizações antigas e seres de luz viajariam entre mundos.
Há ainda teorias conspiratórias que conectam Agartha às expedições nazistas de 1938, que teriam buscado portais secretos no Ártico e na Antártica. Para alguns, o Terceiro Reich acreditava que a cidade subterrânea abrigava conhecimento perdido e tecnologias superiores — um eco direto do misticismo de Thule e da obsessão por raças arianas “vindas do interior da Terra”.
Para saber mais das incursões e expedições nazistas, leia também o artigo “Antártica: o berço secreto da Frota Negra nazista?”
Mini-pergunta: Seria possível que governos ainda ocultem provas da existência desses túneis?Teóricos afirmam que sim — e que algumas bases subterrâneas modernas estariam justamente sobre antigos acessos a Agartha.
A relação entre Agartha e a evolução espiritual humana

Além do aspecto físico e conspiratório, Agartha é interpretada por muitos esoteristas como uma metáfora para o despertar interior da humanidade.
Assim como o “mundo subterrâneo” esconde riquezas e mistérios, a alma humana esconderia em si camadas de sabedoria e poder divino. Nesse sentido, buscar Agartha seria uma jornada espiritual — uma descida às profundezas do próprio ser.
Alguns autores do movimento New Age acreditam que os habitantes de Agartha seriam uma raça de seres ascensos, guardiões da Terra, esperando o momento de revelar-se à superfície quando a humanidade atingir um nível vibracional compatível.
Essa ideia é reforçada por textos canalizados e lendas modernas que descrevem Agartha como um centro energético planetário, responsável por equilibrar o magnetismo, as linhas ley e o fluxo espiritual da Terra.
Mini-pergunta: Agartha seria um lugar real ou uma realidade vibracional paralela?Talvez ambas — uma interseção entre matéria e espírito, onde tecnologia e consciência são inseparáveis.
Dúvidas frequentes (FAQ)
Agartha existe de fato?
Não há evidências físicas ou científicas que comprovem a existência de um reino subterrâneo habitado. Contudo, o mito continua vivo no imaginário esotérico e nas teorias de conspiração modernas.
Qual é a relação entre Agartha e o esoterismo?
Agartha é considerada um símbolo central no esoterismo, representando o conhecimento oculto, a perfeição espiritual e o equilíbrio entre pólos cósmicos — luz e sombra, interno e externo.
O que dizem os cientistas sobre a Terra Oca?
Estudos geofísicos mostram que a Terra é sólida, com camadas internas bem definidas (crosta, manto e núcleo). Ondas sísmicas confirmam isso, descartando a hipótese de grandes espaços vazios.
Por que o mito de Agartha persiste até hoje?
Por falar de esperança. Em tempos de crise, imaginar um refúgio oculto de sabedoria e paz desperta no inconsciente coletivo a ideia de que “há mais do que os olhos podem ver”.
Conclusão: o chamado das profundezas
Agartha é mais do que uma lenda — é um espelho do desejo humano por transcendência e verdade oculta. Ela une ciência, fé e mistério num mesmo arquétipo, onde cada túnel é um símbolo de busca interior.
E talvez, no fundo, seja isso que realmente importa: não se trata de encontrar Agartha sob os pés, mas dentro de si mesmo.
Se esse tipo de tema mexe com sua imaginação, explore também meu livro “Protocolo Tesla”, onde ciência, misticismo e conspiração se cruzam em uma narrativa que desafia os limites da realidade, na busca por lendárias pirâmides perdidas na Amazônia.






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