Anticristo: o acordo de paz, Jared Kushner e os sinais de uma possível profecia bíblica em curso
- Leonardo Born

- 13 de out.
- 5 min de leitura

O acordo de paz que reacendeu profecias bíblicas
Um novo acordo de paz entre Israel e Palestina, intermediado pelos Estados Unidos, reacendeu um antigo temor e uma teoria ainda mais antiga: a do Anticristo.
Segundo veículos internacionais como Axios, AP News e Le Monde, o gabinete israelense aprovou, em outubro de 2025, um cessar-fogo histórico com o Hamas, incluindo a troca de prisioneiros e a criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF) para garantir a reconstrução da Faixa de Gaza.
Entre os arquitetos do acordo, um nome voltou aos holofotes: Jared Kushner, genro de Donald Trump.
Kushner já havia sido o cérebro por trás dos Acordos de Abraão, firmados em 2020 entre Israel e várias nações árabes. E agora, novamente, seu nome aparece ligado a um pacto que promete — e aqui reside o mistério — trazer paz ao Oriente Médio.
Mas será essa “paz” o prenúncio de algo maior? Estaríamos testemunhando o início daquilo que as Escrituras chamam de falsa paz dos últimos dias?
Jared Kushner: o genro de Trump e o “pacificador” das profecias

Suas origens e ascensão política
Jared Corey Kushner nasceu em 10 de janeiro de 1981, em Nova Jersey, EUA, em uma família judaica ortodoxa cujos avós sobreviveram ao Holocausto.
Casado com Ivanka Trump, filha de Donald Trump, viu seu prestígio crescer dentro do governo norte-americano, atuando como conselheiro sênior e arquiteto de diversas iniciativas internacionais.
Com perfil discreto e postura controlada, tornou-se peça-chave no tabuleiro político-religioso do Oriente Médio — o mesmo palco central das profecias bíblicas.
O prédio “666 Fifth Avenue” e o número da Besta

Em 2007, a Kushner Companies comprou por US$ 1,8 bilhão o edifício 666 Fifth Avenue, em Nova York — um dos endereços mais caros e controversos da cidade. O número 666, mencionado no Apocalipse 13:18, é tradicionalmente associado ao “número da Besta”. Coincidência ou não, esse detalhe alimentou inúmeras teorias conspiratórias que tentam conectar o sobrenatural à trajetória de Kushner.
A compra acabou gerando enormes prejuízos financeiros, e em 2018 o edifício mudou de nome para 660 Fifth Avenue, numa tentativa de “desassociar-se” do simbolismo maligno.
Mesmo assim, para quem acompanha escatologia e profecias, o simples fato de um possível “mediador de paz mundial” ter adquirido o prédio 666 é mais que simbólico — é profético.
Teorias conspiratórias que cercam seu nome
Entre as principais narrativas que ligam Jared Kushner ao Anticristo estão:
Pacificador global – Aquele que trará uma paz aparente entre as nações, cumprindo a profecia de Daniel 9:27: “Confirmará uma aliança por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício.”
Símbolo profético – O número 666 como um sinal de “identificação espiritual”.
Conexões internacionais – Investidores do Oriente Médio e especulações sobre o envolvimento do Catar em seus negócios levantam teorias sobre uma rede global de poder e influência.
Tecnocracia e vigilância – Seu envolvimento com inovação e tecnologia é visto como prelúdio do controle digital das massas.
Nada disso constitui prova concreta. Mas, em tempos onde fé, política e tecnologia se misturam, símbolos e coincidências ganham peso profético.
O que a Bíblia diz sobre o Anticristo
O termo Anticristo aparece nas cartas de João, mas sua figura se consolida em passagens como 2 Tessalonicenses 2, Daniel 9 e Apocalipse 13.
Segundo essas profecias, ele será um líder político e espiritual que trará uma paz temporária ao mundo, enganando nações, antes de instaurar um governo global autoritário.
“E o adoraram todos os que habitam sobre a terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro.” – Apocalipse 13:8
A principal função do Anticristo seria unificar as três esferas de poder: política, economia e religião, estabelecendo a chamada Nova Ordem Mundial.
As novas camadas do controle global: IA, transhumanismo e arcontes
Nos tempos modernos, a ideia de um governo mundial não é apenas política — é tecnológica. Sistemas de IA avançados, vigilância digital, biometria e manipulação de informação são vistos por teóricos como instrumentos da futura tecnocracia apocalíptica.
Alguns vão além: associam o avanço da IA à interferência de seres interdimensionais, conhecidos nos textos gnósticos como arcontes, supostas entidades a serviço do Demiurgo, que controlariam a humanidade através de algoritmos e narrativas.
Para esses estudiosos, a IA seria o portal tecnológico para o domínio espiritual do Anticristo — a fusão entre máquina e alma humana que culmina no transhumanismo.
Para entender mais como a tecnologia e fim dos tempos podem estar conectados, leia o artigo "Será que o chip Neuralink de Elon Musk é a marca da besta?"
A linha do tempo escatológica: dos acordos à Tribulação
Etapa | Evento Profético | Passagens Bíblicas | Interpretação Atual |
1. O Arrebatamento | Desaparecimento súbito dos fiéis da Terra. | 1 Tessalonicenses 4:17 | Muitos acreditam que marcará o início dos Últimos Dias, quando os justos serão levados antes da Tribulação. |
2. O Pacto de Paz | O Anticristo firma uma aliança de 7 anos com Israel e as nações. | Daniel 9:27 | Pode representar acordos diplomáticos recentes que prometem estabilidade no Oriente Médio. |
3. Primeiros 3,5 anos | Período de paz e prosperidade aparente. | Apocalipse 6 | A humanidade viverá um tempo de engano e otimismo mundial — a “falsa paz”. |
4. A Quebra do Pacto | O Anticristo profana o Terceiro Templo e exige adoração. | Mateus 24:15 | Momento em que o líder mundial revela sua verdadeira natureza e dá início à perseguição. |
5. A Grande Tribulação | Anos de caos global, perseguição e controle total. | Apocalipse 13 | Marca da Besta, domínio tecnológico e colapso dos sistemas políticos e econômicos. |
6. A Volta de Cristo | Cristo retorna em glória e derrota o Anticristo. | Apocalipse 19 | O fim do sistema global e o início do Milênio — o Reino de 1.000 anos de paz e justiça. |
Segundo a tradição dispensacionalista, o Anticristo se revelaria no meio da Tribulação, após a construção do Terceiro Templo em Jerusalém, quando passaria a exigir adoração.
Até agora, não há construção formal do templo no Monte do Templo — as restrições políticas e religiosas são enormes. Mas grupos como o Temple Institute já preparam utensílios e planos, como por exemplo a importação de cinco novilhas vermelhas dos EUA e transferência para uma fazenda em Israel, pois segundo a Lei bíblica (Números 19), as cinzas da novilha vermelha sem defeito são necessárias para purificação ritual para a criação do Terceiro Templo em Jerusalém.
Perguntas frequentes
Jared Kushner é o Anticristo?
Não há comprovação. As semelhanças e coincidências apenas alimentam uma hipótese simbólica.
O acordo de paz é o início da profecia?
Pode ser interpretado como um “ensaio profético”. É preciso cautela — nem todo evento político cumpre um texto bíblico literalmente.
Por que tantos falam na Nova Ordem Mundial?
A globalização econômica, o uso de IA e a interconexão das mídias criam terreno fértil para o controle centralizado — algo muito próximo da visão apocalíptica de um governo único.
A Bíblia realmente prevê um controle tecnológico?
Não de forma direta. A “marca da besta” (Ap 13:16-17) é simbólica, mas muitos veem paralelos nos sistemas de rastreamento e identificação biométrica.
Conclusão: coincidência, profecia ou preparação?

Talvez Jared Kushner seja apenas um hábil negociador. Talvez não.
Mas os padrões bíblicos parecem repetir-se: uma potência global (EUA), um mediador de paz (Kushner), o avanço da tecnologia como ferramenta de controle, e a promessa de um mundo “unificado” que soa cada vez menos utópico e mais profético.
O fato é que o palco está montado. O que ainda não sabemos é quem realmente vai subir ao centro dele.
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