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Experimento Filadélfia: o teste militar que tentou manipular o espaço-tempo

Navio USS Eldridge desaparecendo em campo eletromagnético durante o Experimento Filadélfia
Representação artística do USS Eldridge no momento do suposto Experimento Filadélfia, quando o navio teria se tornado invisível.

Em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, um suposto experimento conduzido pela Marinha dos Estados Unidos teria alcançado o impossível: tornar um navio invisível ao radar — e talvez à própria realidade. O episódio ficou conhecido como Experimento Filadélfia, e até hoje é um dos maiores enigmas envolvendo ciência, militares e teorias da conspiração.


Mas afinal, o que realmente aconteceu com o USS Eldridge? Foi um experimento real de invisibilidade, ou um delírio alimentado por rumores e encobrimentos?


As origens do mistério


A história do Experimento Filadélfia começou com cartas enviadas em 1955 por um homem chamado Carl M. Allen, também conhecido pelo pseudônimo Carlos Allende, ao pesquisador Morris K. Jessup, autor do livro The Case for the UFO.


Nas cartas, Allende afirmava ter testemunhado um evento extraordinário no estaleiro naval da Filadélfia: o navio USS Eldridge teria desaparecido completamente diante dos olhos humanos, reaparecendo segundos depois — com alguns tripulantes fundidos ao metal da embarcação e outros enlouquecidos.


Esses relatos logo despertaram o interesse do público e da imprensa, mas também o ceticismo de cientistas e militares.


O suposto envolvimento de Einstein


Albert Einstein diante de quadro com equações sobre campos eletromagnéticos
Albert Einstein é frequentemente citado nas teorias sobre o Experimento Filadélfia, por suas pesquisas sobre o campo unificado.

De acordo com as teorias mais populares, o experimento teria sido baseado nos princípios da Teoria do Campo Unificado, uma ideia em que Albert Einstein teria trabalhado secretamente durante a guerra. Essa teoria tentava unificar as forças da gravidade e do eletromagnetismo — algo que, se controlado, poderia curvar o espaço-tempo e gerar invisibilidade eletromagnética.


Embora não haja provas de que Einstein tenha participado diretamente do experimento, seu nome foi frequentemente associado ao projeto — especialmente após documentos e manuscritos enigmáticos surgirem em décadas seguintes, reforçando a hipótese de que algo fora do comum realmente aconteceu.


Entre fato e ficção


A versão oficial da Marinha dos EUA é simples: o Experimento Filadélfia nunca aconteceu. Segundo os registros, o USS Eldridge serviu normalmente durante a guerra, realizando missões no Atlântico sem qualquer registro de desaparecimento.


No entanto, há inconsistências históricas que alimentam o mito. Vários relatos de marinheiros e testemunhas locais mencionam anomalias eletromagnéticas, luzes estranhas e até teletransporte acidental entre Filadélfia e Norfolk, a 350 km de distância.


Céticos afirmam que o evento pode ter sido confundido com testes de desmagnetização naval — um processo real usado para proteger navios contra minas magnéticas. Já os teóricos da conspiração acreditam que foi um teste de teletransporte quântico primitivo.



Mecânica quântica e portais dimensionais


Navio atravessando o espaço-tempo em um campo quântico no Experimento Filadélfia
Visualização artística do navio sendo transportado através do espaço-tempo, conforme sugerem as teorias quânticas sobre o Experimento Filadélfia.

Alguns pesquisadores independentes argumentam que, se o Experimento Filadélfia realmente aconteceu, ele pode ter envolvido efeitos semelhantes à superposição quântica e ao emaranhamento, fenômenos que permitem que partículas troquem informações instantaneamente a grandes distâncias.


Segundo essa visão, o USS Eldridge teria entrado em uma zona de distorção do espaço-tempo, tornando-se invisível e temporariamente fora da nossa dimensão — um conceito que décadas mais tarde seria explorado pela física teórica sob outros nomes, como curvatura de campo e teletransporte quântico.


E se isso for verdade, o experimento teria sido o primeiro teste humano de deslocamento interdimensional.


O filme que reacendeu a teoria


Em 1984, o cinema deu nova vida à história com o longa “Projeto Filadélfia” (The Philadelphia Experiment), dirigido por Stewart Raffill. O filme retrata dois marinheiros lançados acidentalmente no futuro após um experimento militar dar errado.


Curiosamente, pouco tempo após o lançamento, começaram a surgir novos relatos e documentos “vazados” que coincidiam com detalhes mostrados no filme — o que alimentou a suspeita de que o roteiro teria sido baseado em informações reais de arquivos sigilosos.


Coincidência? Ou a arte imitando a verdade escondida?


Dúvidas frequentes sobre o Experimento Filadélfia


O Experimento Filadélfia realmente aconteceu?

Não há provas documentais oficiais. Contudo, há registros e testemunhos anômalos que permanecem inexplicados, o que mantém o mistério vivo.


Quem foi Morris K. Jessup?

Jessup era um astrônomo e ufólogo que investigou as cartas de Carlos Allende. Pouco tempo depois, morreu em circunstâncias misteriosas — oficialmente, um suicídio, mas muitos acreditam que foi silenciado.


O USS Eldridge ainda existe?

Sim, o navio foi vendido para a Marinha da Grécia em 1951 e renomeado HS Leon, servindo até 1999. No entanto, diversas peças da embarcação desapareceram sem rastros durante sua desmontagem.


Einstein participou do experimento?

Não há provas diretas. Mas manuscritos e correspondências apontam que ele trabalhava em conceitos que poderiam, teoricamente, tornar o evento possível.


Conclusão: coincidência, encobrimento ou descoberta esquecida?


O Experimento Filadélfia continua desafiando a linha entre ciência e conspiração. Mesmo que nunca tenha ocorrido da forma descrita, o simples fato de a história persistir por décadas mostra o quanto o ser humano ainda anseia por ultrapassar os limites do tempo e do espaço.


Talvez o experimento tenha falhado — ou talvez tenha funcionado tão bem que foi apagado da história.


E você sabia que existe outro projeto controverso que teve uma ligação direta com o Experimento Filadélfia? Para saber mais leia o artigo "Projeto Montauk: a história e influência em Stranger Things"


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